Vale-carne é o benefício que o governo estuda criar visando conceder R$ 35 para que famílias inscritas no Bolsa Família tenham mais acesso à compra de carne bovina. A seguir, saiba mais sobre a finalidade do vale carne do Bolsa Família e como ele, se aprovado, pode funcionar.
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Vale-carne: governo estuda criar novo benefício
O governo está analisando a possível criação de um novo auxílio para famílias em situação de vulnerabilidade social e econômica: o vale-carne. O objetivo é que o benefício possa comprar o equivalente até 2 kg de carne mensalmente. A ideia foi apresentada em Brasília ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura, Paulo Teixeira, por um grupo de pecuaristas do Mato Grosso do Sul.
Como o será o vale-carne?
A proposta, que os próprios pecuaristas sugeriram o nome temporário “Programa Carne no Prato”, foi enviada para análise da Casa Civil e do Ministério do Desenvolvimento Social e está sendo estudada. Para atender a demanda extra, seriam necessárias cerca de mais 2,3 milhões de cabeças de gado por ano.
Se aprovado, o vale-carne poderia chegar a atender 19,5 milhões de pessoas. O intuito é que o voucher valendo R$ 35,00 pudesse comprar, diretamente do produtor, até dois quilos de carne bovina para beneficiários do programa Bolsa Família.
A ideia é que o vale fosse disponibilizado em um cartão e utilizado apenas para compra de carne bovina em açougues e supermercados conveniados.
Quem terá direito ao vale-carne?
O vale-carne, se validado, seria disponibilizado aos beneficiários do Programa do Bolsa Família. Além do programa, famílias cadastradas no CadÚnico e que recebem outros auxílios sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) também poderiam ser atendidas.
Requisitos para fazer parte do Bolsa Família
Como dito, se aceito, o vale-carne beneficiaria famílias incluídas no Bolsa Família e, para serem elegíveis ao programa, elas precisam atender a alguns critérios pré-estabelecidos.
A principal exigência do Bolsa Família é que a renda mensal familiar seja R$ 218 por pessoa, determinada pela soma da renda total da família dividida pelo número de membros.
O benefício mínimo é de R$ 600 por família, com adicionais de:
- R$ 150 por criança de até 6 anos,
- R$ 50 por gestantes e por crianças e adolescentes de 7 a 17 anos;
- R$ 50 por bebê de até seis meses.
Além disso, é necessário cumprir algumas exigências, como:
- Manter crianças na escola;
- Realizar acompanhamento pré-natal para gestantes;
- Manter as carteiras de vacinação atualizadas.
Embora haja expectativas, o projeto enfrenta obstáculos para sua aprovação, especialmente relacionados à questão financeira. Até o fim do ano passado, segundo o governo, 21 milhões de famílias receberam o Bolsa Família.
Se cada uma delas ganhassem um adicional de R$ 35 para adquirir carne, o custo total anual do programa para os cofres públicos seria de R$ 8,8 bilhões a mais.